segunda-feira, 2 de abril de 2012

Deixo as últimas quatro poesias de A rosa é a via:





A uma flor que brilhava e não era rosa...

Como brilhas florzita campestre e humilde!
Já lá vem a madrugada para te amaciar a sede;
A alva não está longe, para te ocultar o perfume.





O eterno segredo das rosas

 Porque uma rosa é sempre uma rosa
mesmo se não existe?
Uma rosa existe sem rios,
sem água, apenas com
a ideia de ser um dia uma rosa
que um dia poderá despontar,
efémera como convém a uma rosa,
e eterna no mistério
de perfume e de silêncio.


Rosa sembrada en la luna mora

 Eres una rosa, quasi sin color
Y solo la luna mora la miraba

Ay lunita mora de los secretos
dale agua a la rosa, que se muere

Ay lunita mora de voce de seguiriya
dale tu pañuelo verde a la rosa

Ay lunita mora de lluva morena
dale tu agua a la rosa



O Tempo e a rosa

O Tempo tem um silêncio infinito
e perfumes de flores negras.
Desfila perante nós,
velado, e enfeita-se de anos,
meses, dias, horas, minutos, segundos.
Quem ousa colher as negras rosas do Tempo?




António Eduardo Lico





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