Ficam os primeiros 2 poemas:
Amanhecer obscuro
Oh noite, companheira indecisa
da clara lua e anónimos rouxinóis;
cobre-me com os teus cabelos longos,
deixa-me vogar na tua penumbra
e atravessar a anunciada madrugada
rumo à desconhecida manhã
De
que me serve fugir
de morte, dor e perigo,
se me eu levo comigo?
de morte, dor e perigo,
se me eu levo comigo?
(mote
de Luís Vaz de Camões)
De que me
serve fugir?
Eu não
quero fugir;
quando se
foge, leva-se tudo,
leva-se o corpo, leva-se a alma
vai-se só, permaneces-se só.
Eu quero ficar,
ficar, mas fugindo,
sem permanecer em mim.
António Eduardo Lico
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