terça-feira, 3 de abril de 2012

O meu 4º projecto poético recebeu o nome Amanhecer obscuro
Ficam os primeiros 2 poemas:



Amanhecer obscuro

Oh noite, companheira indecisa
da clara lua e anónimos rouxinóis;
cobre-me com os teus cabelos longos,
deixa-me vogar na tua penumbra
e atravessar a anunciada madrugada
rumo à desconhecida manhã


De que me serve fugir
de morte, dor e perigo,
se me eu levo comigo?

(mote de Luís Vaz de Camões)

De que me serve fugir?
Eu não quero fugir;
quando se foge, leva-se tudo,
leva-se o corpo, leva-se a alma
vai-se só, permaneces-se só.
Eu quero ficar,
ficar, mas fugindo,
sem permanecer em mim.


António Eduardo Lico




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