segunda-feira, 31 de março de 2014

Reponho uma poesia do poemário O canto em mim:


Reflexão útil num dia de chuva

Eu gosto de tudo o que faço.
O que não faço, não
é aquilo que faço.
Pura Tautolgia! Dir-me-ão:
antes tautólogo
que tarólogo.
Podia ter dito tautologista;
podia ter dito tarologista.
Apenas não quis ficar sem o logos.
Não sou esteta, nem mesmo
obstetra.Poderá haver quem me pense um tetraedo:
não sou e da Geometria
apenas me interessa
a primeira letra.
A chuva cai, líquida
como convém a toda a chuva
e depois pára, sem reflectir.

António Eduardo Lico

10 comentários:

  1. Los días de lluvia poeta, nos llevan irremediablemente a la reflexión.
    Un abrazo.

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  2. A chuva nao nos quer deixar...

    o teu poema é um bailado de palavras...

    :)

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    1. Pois não Piedade. E eu tenho que aguentar com ela, pois vou sair agora.
      Beijos.

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  3. Quem sabe, um belo pretexto. Escrevendo ou não, a verdade é que a impossibilidade de sair do lugar em que se está acaba por fazer meditar. Mas a verdade é que a chuva foi um salutar pretexto para nos dar um belo poema cujo relação com a chuva é apenas o pretexto. E alguém acha um pouco?
    Um grande abraço, caro amigo,

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    1. Muitas vezes uma poesia faz-se a partir de um pretexto.
      Grande abraço caro amigo.

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