Uma poesia de Herberto Hélder:
Levanto as mãos e o vento levanta-se nelas
LEVANTO as mãos e o vento levanta-se nelas.
Rosas ascendem do coração trançado
das madeiras.
As caudas dos pavões como uma obra astronómica.
E o quarto alagado pelos espelhos
dentro. Ou um espaço cereal que se exalta.
Escondo a cara. A voz fica cheia de artérias.
E eu levanto as mãos defendendo a leveza do talento
contra o terror que o arrebata. Os olhos contra
as artes do fogo.
Defendendo a minha morte contra o êxtase das imagens.
"(...)
ResponderEliminarMaldito seja quem atirou uma maçã para o outro mundo.
Uma maçã, uma mantilha de ouro e uma espada de prata".
Este é outro poeta que devemos reverenciá-lo sempre.
Abraços,
Plenamente de acordo caro amigo José Carlos. É sempre um deleite reler a poesia do Herberto Hélder.
EliminarAbraços.