A cal que não fosse
ávida de água...
Nunca escrevi versos em
que usasse a palavra cal.
Eu sei que nunca tive
razões para o fazer,
mas nunca fiz, e assim
o digo.
Reconheço que já usei
a palavra óxido,
não muitas vezes, mas
usei, noblesse oblige.
Usei, já o disse, não
para oxidar o poema,
ou provocar outras
reacções,
não que eu seja dado
ao estudo da química
mas dizem-me que pode
haver reacções...
A cal, ao que dizem, é
ávida de água
E eu só quero a cal
que não é ávida
de água, seja água,
água, ou oxigenada;
não digam que estou a
usar óxido
neste fazer o poema.
Não sou futurista, nem
me corre
nas veias o mais leve
ânimo post-moderno,
por isso usei óxido
com moderação
e ainda espero a cal
que não seja ávida de água.
António Eduardo Lico
É inconfundível esse seu jeito de escrever poema Antonio. Muito show!!! Adoro. Abraços de bom domingo poeta.
ResponderEliminarObrigado Regina.
EliminarBom Domingo e uma óptima nova semana.
Abraços.
OI, LIco...não se esqueça ...as palavras são brincantes e revelam mais do que deseja o próprio autor.
ResponderEliminarUm abraço e Feliz domingo!
Não esqueço não.
EliminarAbraço e bom Domingo.
Uma forma única de versar e muito interessante. Também achei um show.
ResponderEliminarUm bom início de semana.
Boa noite.
Obrigado Elisa.
EliminarBoa semana.
Es difícil hacer poemas como los haces, con esas palabras; pero tú lo logras :)
ResponderEliminarMuchos besos.
Gracias amiga.
EliminarBuena semana.
Besos.
Para brincar com as palavras com tanta sabedoria, há de se ter intimidade com elas. E você sabe manejá-las, dominá-las. Não lhe falta "ardil" para apreendê-las em sentido especial, ainda que seja a palavra cal.
ResponderEliminarAbraços,
Meu Caro amigo José Carlos, como poeta que é, sabe bem que nós poetas só temos um recurso - as palavras - por isso temos que lhe retirar todo o "sumo", mesmo que pareçam secas.
EliminarAbraço.