Uma poesia de João Guimarães:
O cristo que tinha um quisto
e eis que Ele começa a drenar
com ranho de ovo no céu escalfado
escalfoda-se e um ramo de margaridas podres
de boas e bêbados estamos nós a arrotar!
e molhos de poemas despenteados com piolhos míopes
e brócolos centípedes com caspa e cheiro a
Sovaco Silva a mendigar painéis insulares
e pais nossos ao som de diarreia de porcelana reciclável
penicos ecológicos e escatológicas de poupança genética
e juro transplanetário enxertado em cactos alcoólicos
e bonecas manetas engravatadas por imbecilidade terminal.
Ao longe gritos de merda amorangada que o eco agasalhou.
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