sábado, 13 de julho de 2013

Afonso Duarte

Uma poesia de Afonso Duarte:

Hora Mística

Noite caindo ... Céu de fogo e flores.
Voz de Crepúsculo exalando cores,
O céu vai cheio de Deus e de harmonia.
Silêncio ... Eis-me rezando aos fins do dia.

Névoa de luz criando imagens na água,
Nome das águas esculpindo os céus,
Tarde aos relevos húmidos de frágua,
Boca da noite, eis-me rezando a Deus.

Eis-me entoando, a voz de cinza e ouro,
— Oh, cores na água vindo às mãos em branco! —
Minha ópera de Sol ao último arranco.

E, oh! hora mística em que o olhar abraso,
— Sol expirando aos Pórticos do Ocaso! —
Dobra em meu peito um oceano em coro.

4 comentários:

  1. A consagrada hora mística, aqui exaltada por Afonso Duarte. Soneto perfeito para a entrega.
    Grande abraço, António,

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    1. Sim, de acorde meu caro amigo, e Afonso Duarte é um poeta que eu muito prezo. De grande leveza e parco em palavras.
      Abraço.

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  2. Es una poesía serena y bonita.

    Besos.

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