Natal Africano Não há pinheiros nem há neve, Nada do que é convencional, Nada daquilo que se escreve Ou que se diz... Mas é Natal. Que ar abafado! A chuva banha A terra, morna e vertical. Plantas da flora mais estranha, Aves da fauna tropical. Nem luz, nem cores, nem lembranças Da hora única e imortal. Somente o riso das crianças Que em toda a parte é sempre igual. Não há pastores nem ovelhas, Nada do que é tradicional. As orações, porém, são velhas E a noite é Noite de Natal. |
terça-feira, 9 de julho de 2013
Cabral do Nascimento
Uma poesia de Cabral do Nascimento:
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o natal é Natal em qualquer canto porquanto é realizado mesmo, dentro da alma de quem crê...
ResponderEliminarUm abraço
Creio bem que neste caso o autor pretendeu mostrar a atmosfera colonial, servindo-se do Natal.
EliminarAbraço minha amiga.
É isso, António, há uma preocupação social, mas independente desse matiz, a dicção do Cabral é maravilhosa, pois é capaz de nos fazer sentir uma dupla melancolia. Acho que você vai concordar comigo.
ResponderEliminarGrande abraço,
Concordo pois caro amigo.
EliminarVabral do Nascimento era um poeta muito apostado em manter o lirismo ]a flor da pele.
Abra;o.