Deuses num quarto escuro
Um quarto, as roupas da cama
tangentes ao sonho e deuses
antigos e modernos que se fazem
a si mesmos como sombras
chinesas, aladas, na sua
vertigem de divindade.
Moscas picam-nos em vão,
Indiferentes, os deuses,
antigos e modernos
buscam apenas ser sombras
na sombra das paredes
de um quarto escuro.
António Eduardo Lico
Somente podemos cogitar de suas existências...
ResponderEliminarUm abraço
Sim, e também da sua não existência.
EliminarAbraço cara amiga.
Sem tê-los como sabê-los? O melhor é não tê-los em nossa pele. Ou que sejam apenas sombras. A linguagem no poema está muito bem depurada. Um belo poema.
ResponderEliminarAbraços, caro amigo,
Sem dúvida, que sejam apenas sombras.
EliminarAbraço.