Pior que roubar um banco é fundar um banco
Bertold Brecht
Poema concreto
Escrevo poemas que
quisera
efémeros, como o vento
que beija as flores
e levanta ondas ao mar
para logo se desfazerem
na areia da praia,
como se o mar todo se
acabasse naquele momento.
O vento quando beija as
flores
não é como um cheque,
ou uma letra:
quando se acabam, os
bancos emitem mais.
Mesmo que se lhes acabe
o dinheiro,
emitem mais. Porque eu
não posso
emitir o meu dinheiro
quando se me acaba?
Quando se me acabam as
flores, procuro por mais.
O vento quando beija as
flores, beija-as
como se nunca acabasse,
e se acabasse
o saldo não seria
negativo.
Até o Olimpo e os
belos deuses gregos
se acabaram; ninguém
se importou
em emitir mais; depois
vieram profetas
que emitiram deuses e
paraísos diferentes
Os bancos e os
banqueiros
emitem dinheiro como se
emitissem paraísos e
divindades.
Houvera quem os
roubasse
como o vento rouba das
flores
os perfumes.
António Eduardo Lico
Gracias amigo por estar siempre, un beso grande.
ResponderEliminarEl placer es mio, Luján.
EliminarBesos.
Se não os emitem literalmente, sabem multiplicar como poucos. Este é mais que concreto...
ResponderEliminarAbraço, caro António,
Sem dúvida meu Caro José Carlos. Eles, bancos e banqueiros sabem como multiplicar à nossa custa.
EliminarAbraço.
Nada entendo de bancos e de banqueiros mas entendo de flores e de pássaros e respeito o mar e o vento.Fico com os poetas e seus versos.
ResponderEliminarUm abraço
Também eu minha amiga.
EliminarAbraço.
é... pra eles a maior facilidade... te achei de novo poeta na página do luief é que o google iguala tudo... bju de linda semana
ResponderEliminarSem dúvida Luna, para eles é de uma facilidade espantosa.
EliminarBeijos e boa semana.
poema atual...
ResponderEliminar:)
Creio que sim, Piedade, para nosso mal.
EliminarBeijos.