domingo, 21 de julho de 2013

Este rio que corre sem águas

Reponho uma poesia do poemário Este rio que corre sem águas:



Junto de um rio...o obituário das palavras...

Quem ousa calar os deuses
colocando-lhe na boca
palavras que não sabem?
Nadando rente à margem
o peixe, nem sabe
que existem palavras líquidas
que secam lábios
quando os percorrem.
Peixes e deuses
ignoram palavras;
mudos e perdidos
em líquidas moradas
vivem sós, sem esperar
uma só e desoladora
palavra.

António Eduardo Lico

11 comentários:

  1. mas, nem sempre as palavras são desoladoras, por vezes (muitas) elas são esperança e fé.
    bom domingo

    beijos

    :)

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  2. A veces estar solo no es tan malo... Y no esperar nada, trae sorpresas agradables.

    Un beso.

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  3. Antonio..." A lo largo de un río "

    No tenemos porque perder la palabra,
    cada uno tiene su modo de ser y expresarse,
    nadie nos obliga a cambiarlas y a negar.

    ¡¡interesante !!

    un beso

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  4. Este rio que corre sem água é de uma singeleza, mas é só isso, este rio traz vários ritmos que balançam nas realidades fundadas.
    Abraços, António,

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    Respostas
    1. Sim caro amigo, songeleza misturada com algum classissismo, não na forma, mas no conteúdo.
      Abraço.

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  5. Este rio que corre sem água é de uma singeleza, mas não é só isso, este rio traz vários ritmos que nos embalam nas realidades fundadas.
    Abraços, António,

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