Divina Comédia
Erguendo os braços para o céu distante E apostrofando os deuses invisíveis Os homens clamam: - "Deuses impassíveis, A quem serve o destino triunfante. Porque e que nos criastes?! Incessante Corre o tempo e só gera, inextinguíveis, Dor, pecado, ilusão, lutas horríveis, Num turbilhão cruel e delirante... Pois não era melhor na paz clemente Do nada e do que ainda não existe, Ter ficado a dormir eternamente? Por que é que para a dor nos evocastes?" Mas os deuses, com voz inda mais triste, Dizem: - "Homens! por que é que nos criastes?
Grande sonetista da língua portuguesa. Poeta metafísico e este blog sempre nos levando a encontrar os novos, os ainda desconhecidos, e os consagrados para que não os esqueçamos.
ResponderEliminarGrande abraço,
É verdade amigo José Carlos. Antero de Quental renovou o soneto em Portugal.
EliminarAbraço.