sexta-feira, 12 de julho de 2013

Uma poesia de Camilo Pessanha:

Imagens que Passais pela Retina

Imagens que passais pela retina
Dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
_ Porque ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são os meus olhos abertos?
_ O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
_ Estranha sombra em movimentos vãos.

4 comentários:

  1. Optima escolha!!!
    Acho que nunca o publiquei em Cores & Palavras, mea culpa!!!

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  2. Acho que um dos poemas mais lidos do Camilo, da Clepsidra. Acho que as tuas escolhas são sempre tentadoras, para mim, para revê-los.
    Um bom final de semana,

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    1. Sim, sem duvida. Trata-se de uma poesia muito apreciada, e com motivos para tal. Camilo Pessanha é um poeta que me convida sempre à releitura.
      Abraço.

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