Imagens que Passais pela Retina
Imagens que passais pela retina
Dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
_ Porque ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são os meus olhos abertos?
_ O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
_ Estranha sombra em movimentos vãos.
Dos meus olhos, porque não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...
Ou para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
_ Porque ides sem mim, não me levais?
Sem vós o que são os meus olhos abertos?
_ O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
_ Estranha sombra em movimentos vãos.
Optima escolha!!!
ResponderEliminarAcho que nunca o publiquei em Cores & Palavras, mea culpa!!!
Sempre estamos a tempo de corrigir as omissões.
EliminarAbraço.
Acho que um dos poemas mais lidos do Camilo, da Clepsidra. Acho que as tuas escolhas são sempre tentadoras, para mim, para revê-los.
ResponderEliminarUm bom final de semana,
Sim, sem duvida. Trata-se de uma poesia muito apreciada, e com motivos para tal. Camilo Pessanha é um poeta que me convida sempre à releitura.
EliminarAbraço.