Ainda hoje continua actual.
A poesia e o tema original de há 50 anos:
Os Vampiros
No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas
São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhe franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Mais do que nunca podemos dizer que alguns poemas são atemporais. É caso deste. Põe atualidade no verbo. Mudam-se os tempos... e as vontades?
ResponderEliminarAbraço, meu caro amigo,
Neste caso, mais de que um poema, uma canção, que relembra que a vampiragem continua à solta a chupar o sangue fresco da manada.
EliminarAbraço.
Oi,António, esta música e letra é uma síntese de toda nossa história e um libelo contra a sangria da nação...no Brasil como em Portugal.
ResponderEliminarUm abraço
Plenamente de acordo cara amiga.
EliminarBom Sábado.
Abraço.