domingo, 14 de julho de 2013

Uma poesia de Vidal Jogral de Elvas transcrito para português moderno por Natália Correia:

Formosinha de Elvas

Faz-me por ela morrer
e traz-me desesperado
alguém que dá gosto ver
e de corpo bem talhado,
por quem a morte hei-de ter
como cervo lanceado
que se vai do mundo a perder
da companhia das cervas.

Antes ficasse sandeu
ou me embruxassem com ervas
no dia em que me apareceu
a tal formosinha de Elvas.

Mais a morte me convém,
pois da sensatez me queixo
de quem desejo não tem
de matar o meu desejo
e me parece tão bem
que cada vez que a vejo
me lembra a rosa que vem
saindo por entre as relvas.

Antes ficasse sandeu
ou me embruxassem com ervas
no dia em que me apareceu
a tal formosinha de Elvas.

4 comentários:

  1. Me encanta, la rosa a través de la hierba...

    Un beso.

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    1. Es una muy bella poesia y las rosas sliendo por de entre las hierbas es muy bella.
      Besos y buen Domingo.

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  2. É sempre bom reencontrar a Natália Correia ainda que seja na transcrição de outro poema. A sensibilidade aflora de cada escolha semântica...
    Abraços,

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