Cantiga do Ódio
O amor de guardar ódios
agrada ao meu coração,
se o ódio guardar o amor
de servir a servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa.
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
que nos importa morrer
se não morrermos de rastros?
agrada ao meu coração,
se o ódio guardar o amor
de servir a servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa.
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
que nos importa morrer
se não morrermos de rastros?
Este também é um dos poetas primorosos da literatura portuguesa moderna, contemporânea. Como nomeá-lo, já não sei. O que sei é que ele é dos bons. Ou dos melhores que há por lá...
ResponderEliminarAbraços,
Sem dúvida amigo José Carlos. Carlos Oliveira é dos grandes poetas portugueses e eu admiro bastante a sua po
Eliminaretica.
Abraço.