quarta-feira, 3 de julho de 2013

Carlos Oliveira

Uma poesia de Carlos Oliveira:

Cantiga do Ódio

O amor de guardar ódios
agrada ao meu coração,
se o ódio guardar o amor
de servir a servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa.
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
que nos importa morrer
se não morrermos de rastros?

2 comentários:

  1. Este também é um dos poetas primorosos da literatura portuguesa moderna, contemporânea. Como nomeá-lo, já não sei. O que sei é que ele é dos bons. Ou dos melhores que há por lá...
    Abraços,

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    1. Sem dúvida amigo José Carlos. Carlos Oliveira é dos grandes poetas portugueses e eu admiro bastante a sua po
      etica.
      Abraço.

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