sábado, 13 de julho de 2013

Este rio que corre sem águas

reponho uma poesia do poemário Este rio que corre sem águas:

Os rios sem águas são misteriosos

 O láudano que corre como um rio
nos Hinos à Noite, subtil
e fino no traço que desenha.
Deuses loucos dançam na roleta
um pas de deux com Dostoiewski
e orvalhos cintilantes de luz
dançavam no eterno copo de vinho
que Hafez erguia na mão
como se fora uma rosa.
Regresso para dentro de mim mesmo

como rio que corre sem águas.

António Eduardo Lico

10 comentários:

  1. É tão bom voltar para dentro de si mesmo, para a segurança da casa, da pátria. O poema é extraordinário na sua simplicidade.
    Um bom final de semana, amigo,

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    1. Obrigado meu caro José Carlos. Aproveitei factos biográficoas de Novalis, Dostoiewski e Hafez para a construção deste poema, para no final regressar ao ovo primordial.
      Abraço e bom Sábado.

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  2. Se não comentei, comento outra vez: é um senhor título para um poemário.

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    1. E vai indo Fred. Aos poucos vai ganhando mais poesias até ficar completo. E é um processo moroso. mas quando for a hora, ficará pronto.
      Bom Sábado.

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  3. Es divino el poema, me encanta como fluyen las palabras en el...

    Un beso.

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  4. são profundas as águas dos seus rios...
    Um abraço

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