sábado, 20 de julho de 2013

Um soneto de Teixeira de Pascoaes. Mantive a grafia original:

Tristêza

O sol do outomno, as folhas a cair,
A minha voz baixinho soluçando,
Os meus olhos, em lagrimas, beijando
A terra, e o meu espirito a sorrir...

Eis como a minha vida vae passando
Em frente ao seu Phantasma... E fico a ouvir
Silencios da minh'alma e o resurgir
De mortos que me fôram sepultando...

E fico mudo, extatico, parado
E quasi sem sentidos, mergulhando
Na minha viva e funda intimidade...

Só a longinqua estrela em mim actua...
Sou rocha harmoniosa á luz da lua,
Petreficada esphinge de saudade...

4 comentários:

  1. Li, reli, reli. Amei esse soneto. Isso é Poesia!!! Abraço de bom final de semana Antonio.

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    1. Sim Regina, Teixeira de Pascoaes foi um enorme poeta.
      Bom fim de semana Regina.
      Abraço.

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  2. Belíssima poesia...no conceito e na forma!
    Um abraço

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    1. Sim, sem dúvida minha amiga. Teixeira de Pascoaes é um poeta que eu muito admiro.
      Abraço e bom Sábado.

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