domingo, 25 de março de 2012

Domingo, 25 de Março, marca encontro com a poesia de Góngora.
Luis de Gíngora y Argote nasceu em Cŕdoba em 1561 e faleceu também em Córdoca em 1627.
Em 1585 tomou ordens menores e já era afamado como poeta, tendo inclusivé sido elogiado por Miguel Cervantes.
Por largo tempo as ordens sacerdotais foram-lhe negadas em virtude do seu estilo de vida boémio e pela mordacidade das suas poesias. Pleiteou poesia com o seu grande rival, Francisco de Quevedo.
Diz a crítica literária que há dois Góngora: um, o Príncipe da luz, outro o Príncipe das trevas.
Príncipe da luz na primeira fase da sua poesia, com os seus formosos romances. Príncipe das trevas na fase última da sua poesia, onde a estética barroca é levada ao extremo e produz poesias de grande obscuridade e difíceis de entender.
Fica este poema:

A UNA ROSA

Ayer naciste, y morirás mañana.
Para tan breve ser, ¿quién te dio vida?
¿Para vivir tan poco estás lucida?
Y, ¿para no ser nada estás lozana?
Si te engañó su hermosura vana,
bien presto la verás desvanecida,
porque en tu hermosura está escondida
la ocasión de morir muerte temprana.
Cuando te corte la robusta mano,
ley de la agricultura permitida,
grosero aliento acabará tu suerte.
No salgas, que te aguarda algún tirano;
dilata tu nacer para la vida,
que anticipas tu ser para tu muerte.
Ya besando unas manos cristalinas,
ya anudándose a un blanco y liso cuello,
ya esparciendo por él aquel cabello
que Amor sacó entre el oro de sus minas,
ya quebrando en aquellas perlas finas
palabras dulces mil sin merecello,
ya cogiendo de cada labio bello
purpúreas rosas sin temor de espinas,
estaba, oh, claro sol invidïoso,
cuando tu luz, hiriéndome los ojos,
mató mi gloria y acabó mi suerte.
Si el cielo ya no es menos poderoso,
porque no den los suyos más enojos,
rayos, como a tu hijo, te den muerte.

Sem comentários:

Enviar um comentário