segunda-feira, 19 de março de 2012

Segunda-Feira, uma nova semana, o sol é o mesmo.
Continuo o post anterior, juntando agora Giuseppe Ungaretti.
Nascido em 1888 em Alexandria, Egipto, de pais italianos; o seu pai trabalhava na construção do Canal do Suez. Falecido em MIlão, 1970.
Com Montale e Quasimodo forma a tríade dos poetas herméticos italianos. Caso para dizer que foi uma tríade de ouro. É de assinalar que quer, Quasimodo, quer Montale foram galardoados com o Nobel da literatura. Ungaretti não foi. Dizem muitos críticos que se deveu ao facto das simpatias que Ungaretti manifestou pelo fascismo italiano. No entanto, e é algo que intriga os críticos, pois a sua poesia, luminosa como poucas, está nos antípodas do fascismo.
Fica esta poesia:


ANNIENTAMENTO
Versa il 21 maggio 1916

Il cuore ha prodigato le lucciole
s'è acceso e spento
di verde in verde
ho compitato

Colle mie mani plasmo il suolo
diffuso di grilli
mi modulo
di
somesso uguale
cuore

M'ama non m'ama
mi sono smaltato
di margherite
mi sono radicato
nella terra marcita
sono cresciutto
come un crespo
sullo stelo torto
mi sono colto
nel tuffo
di spinalba

Oggi
come l'Isonzo
di asfalto azzurro
mi fisso

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