sábado, 3 de março de 2012

O acaso deste Sábado encontra a poesia do grande poeta espanhol Rafael Alberti.
Nascido em 1902 em Cádiz e falecido em 1999.
Membro da Geração de 27, chamou desde logo a atenção com o seu Marinero en la Tierra em 1925, livro que foi agraciado com o Prémio Nacional de Literatura espanhol. Bebeu do suurrealismo, que mais tarde desconsiderou e passou a invocar a sua militância comunista. Passou 38 anos no exílio, e co-presidiu com Dolores Ibarruri, a mítica La Pasionaria às primeiras Cortes no período pós-franquista.
Aqui fica a poesia A Un Capitán de Navío.


A UN CAPITÁN DE NAVÍO
Homme libre, toujours
tu chériras la mer.
C. BAUDELAIRE
Sobre tu nave —un plinto verde de algas marinas,
de moluscos, de conchas, de esmeralda estelar,
capitán de los vientos y de las golondrinas—,
fuiste condecorado por un golpe de mar.
Por ti los litorales de frentes serpentinas
desenrollan, al paso de tu arado, un cantar:
—Marinero, hombre libre que los mares declinas,
dinos los radiogramas de tu estrella Polar.
Buen marinero, hijo de los llantos del norte,
limón del mediodía, bandera de la corte
espumosa del agua, cazador de sirenas;
todos los litorales amarrados del mundo
pedimos que nos lleves en el surco profundo
de tu nave, a la mar, rotas nuestras cadenas.

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