domingo, 25 de março de 2012

Mais três poesias de A rosa é a via:



A Sul da rosa

Não procuro as rosas, o perfume,
a rosa em si.
Apenas o Sul da rosa.


Rente à rosa

Rente à rosa e ao odor, a sombra
alguém a verá?


Sou rosa vermelha
Ai, meu bem querer
Beija-flor sou tua rosa
Hei de amar-te até morrer

(Ciranda da rosa vermelha, Domínio Público.
Canção popular brasileira)

Só as rosas vermelhas
são alimento do beija-flor,
e ficam intactas
como se esse obscuro perfume
fosse ainda o sangue das rosas
que poeta antigo, cantou e bebeu.

António Eduardo Lico


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