domingo, 11 de março de 2012

Mais duas poesias de o Canto em mim:



Esta abrupta sede

Brusca e abrupta sede
me prende em atmosferas
de húmidas paisagens
que desenho e canto
no vértice da tua ausência

O azul do céu azul

O azul do céu é azul
quando o céu é azul.
Quando o céu não é azul
o azul do céu não é azul.
O azul do céu quando
o Céu é azul não é bom
para os filósofos;
é só azul, sem filosofias;
e de metafísica
apenas existe a vaga
noção que tenho do azul
do céu, quando é azul.

António Eduardo Lico

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