Mais duas poesias do Canto em mim. Como nota- escrevi o Canto em mim, entre 2007 e 2008.
De madrugada as
lembranças ardem
No meu quarto estou só
e comigo ardem apenas lembranças.
o meu quarto é frio
e fica azul nas madrugadas.
A muda Lara, no seu silêncio de deusa
abraça-me com os seus cabelos.
Nas águas
fitava-se Narciso
Solitário em si mesmo, por isso, belo
Narciso fitava-se nas águas.
E de Eco já não ouvia a última
palavra,
mortalmente ferido de si próprio
era já a flor na memória
das palavras na pedra.
António Eduardo Lico
António Eduardo Lico
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