Sexta-Feira, nublada na velha, e segundo alguns pérfida Albion. Tempo para regressar à poesia portuguesa com António Franco Alexandre.
Nascido em 1944 em Viseu, António Franco Alexandre, com formação em Matemática e Filosofia, exerce actividade docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Um dos poetas mais originais da actualidade poética portuguesa, António Franco Alexandre é sem margem para dúvidas um dos grandes poetas portugueses da actualidade.
Fica esta poesia da sua obra Duende:
JÁ A LUZ SE APAGOU DO CHÃO DO MUNDO
Já a luz se apagou do chão do mundo,
deixei de ser mortal a noite inteira;
ofensa grave a minha, que tentei
misturar-me aos duendes na floresta.
De máscara perfeita, e corpo ausente,
a todos enganei, e ninguém nunca
saberia que ainda permaneço
deste lado do tempo onde sou gente.
Não fora o gesto humano de querer-te
como quem, tendo sede, vê na água
o reflexo da mão que a oferece,
seria folha de árvore ou sério gnomo
absorto no silêncio de uma rima
onde a morte cessasse para sempre.
Nascido em 1944 em Viseu, António Franco Alexandre, com formação em Matemática e Filosofia, exerce actividade docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Um dos poetas mais originais da actualidade poética portuguesa, António Franco Alexandre é sem margem para dúvidas um dos grandes poetas portugueses da actualidade.
Fica esta poesia da sua obra Duende:
JÁ A LUZ SE APAGOU DO CHÃO DO MUNDO
deixei de ser mortal a noite inteira;
ofensa grave a minha, que tentei
misturar-me aos duendes na floresta.
De máscara perfeita, e corpo ausente,
a todos enganei, e ninguém nunca
saberia que ainda permaneço
deste lado do tempo onde sou gente.
Não fora o gesto humano de querer-te
como quem, tendo sede, vê na água
o reflexo da mão que a oferece,
seria folha de árvore ou sério gnomo
absorto no silêncio de uma rima
onde a morte cessasse para sempre.
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